A teologia pentecostal não é propriamente um constructo de teorias sem fim; ou seja, ela não pretende construir uma nova cosmovisão sobre e da cristandade. Ela é, na sua modesta contribuição, apenas e tão somente pneumatologia, porém qualificada em método, hermenêutica e teologia. E isso não é pouco, especialmente levando em conta a ignorância sobre a pessoa e obra do Espírito Santo no ser humano como indivíduo e como comunidade constituída a partir da Igreja. A teologia pentecostal é, portanto, uma leitura de como, por exemplo, a pneumatologia influencia a forma como a eclesiologia pode ser montada. Não se trata de uma nova eclesiologia, uma nova missiologia ou uma nova hermenêutica, mas de algo que busca entender as implicações de ter o Espírito Santo presente no mundo como o verdadeiro e único vicário (substituto) de Cristo. O fato de Cristo viver entre os discípulos como homem trouxe sérias implicações para eles e para a Igreja Primitiva, e o mesmo acontece na Era Cristã com a presença constante do Santo Espírito. A teologia pentecostal, portanto, pretende responder a isto: como a presença constante, iluminadora e renovadora do Espírito Santo como substituto de Cristo na terra influencia diretamente a maneira cristã de viver, pensar e agir.
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SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma introdução à teologia pentecostal. Rio de Janeiro: Editora CPAD, 2018, p. 22.
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