A Sua Fraqueza Deveria Levar Você a Deus - Paul Washer


Eu estou tão cansado de ouvir cristãos me dizendo, “Irmão Paul, eu sou tão fraco!” “Você quer dizer, Irmão Paul, que você começou o seu sermão dizendo que você é muito fraco, mas nós não podemos dizer isso?” Bem, eu quero que vocês entendam a frase, e o contexto dela.
Em primeiro lugar, você não é muito fraco, e eu posso provar isso a você. Na última semana, Quanto tempo você gastou tentando entender, e se esforçando para conhecer a Deus e a Sua Palavra, e em oração; sabendo que, longe de Deus e de Sua obra em seu favor, você não é capaz de nada? Ah, veja bem: é realmente fácil dizer “Eu sou tão fraco”. Mas o seu problema não é que você seja fraco, o seu problema é que você pensa que você é forte. Eu posso provar isso simplesmente olhando para a sua vida devocional. Você entendeu? Nosso problema não é que nós sejamos muito fracos. Nosso problema é que nós não reconhecemos a nosso fraqueza. Você entende isso? Por isso é que os grandes homens e mulheres, os mais usados por Deus ao longo de toda a história do Cristianismo, parecem ter tido uma coisa em comum: o reconhecimento de sua fraqueza.
Prestem atenção no que eu quero dizer a vocês; isso é muito importante. A fraqueza não é um impedimento para a força; a fraqueza é o catalizador da força espiritual. O problema é a resposta inadequada [a essa fraqueza]. Primeiramente então, você precisa reconhecer algo: todo mundo é fraco. Tudo que é exigido de você no Novo Testamento é absolutamente impossível para o homem natural. Pronto. Agora estamos todos no mesmo nível. Eu, você, Charles Spurgeon, John Piper, todos nós. Todo mundo é fraco. Resolvido. Agora você não pode mais utilizar a sua fraqueza como uma desculpa, porque todo mundo é igualmente fraco. Ninguém consegue fazer essas coisas. Ninguém. Então, aí está: nós somos fracos. A pergunta é: O que nós fazemos em relação a isso?
Quantas pessoas dizem que são fracas, mas somente da boca para fora, Pois, hoje, é algo comum no meio cristão dizer “Eu sou fraco”. Outros acham muito conveniente dizer isso. Por quê? Porque essas pessoas usam isso como uma desculpa para o pecado deles. “Ah, é porque eu sou muito fraco. Todo mundo é fraco.” Mas a atitude correta, nesse caso, é: quando você reconhece a sua fraqueza, ela leva você para Deus. Imendiatamente para Deus! Crendo com fé, que Ele é a fonte que Ele diz ser. Que Ele é a fonte e o Ajudador que Ele diz ser. Que Ele é Alguém de recursos ilimitados. Que Ele não dá mesquinhamente para os Seus filhos, mas que Ele dá abundamentemente a nós. Vajam, então, que o seu problema é que você não está realmente reconhecendo que você é fraco. Ou, você até reconhece que é fraco, mas você apenas permanece na sua fraqueza. O que acontece é que a sua fraqueza deveria levar você até Deus; todas as vezes! Mas o problema é este: o seu coração condena você, e o diabo ajuda o seu coração a condenar você.
Eu me encontrei com alguém, ontem à noite. Eu falei um bom tempo com ela, uma garotinha preciosa. Ela reconheceu a fraqueza dela. Ela reconheceu a sua própria fragilidade. Ela reconheceu o seu pecado. Ela reconheceu que existem certas coisas na vida dela que ela não consegue vencer neste momento. Mas este era o problema dela: ela via o pecado dela, e por causa do trabalho do diabo, e, algumas vezes, o nosso próprio coração nos condenando, Ela se punha em uma “caixa da penitência”, todas as vezes que ela pecava. “Bem, você não pode ir para Deus agora. Você não pode simplesmente ficar correndo para Ele…” “…Você pecou ontem, e você arrependeu e pediu perdão; e agora você fez exatamente a mesma coisa hoje…” “…Ora, você quer correr de volta para Ele, você é um hipócrita! Você não ama a Deus. Você não tem uma visão elevada de Deus…” “…O que você está pensando, que Deus vai ficar perdoando todo mundo assim?”
Não é isso o que nós fazemos, e não é isso o que pensamos? Nós cometemos um pecado, que nós já cometemos anteriormente, e do qual já nos arrependemos, e por essa causa nós pensamos que nós devemos nos colocar em uma “caixinha da penitência”; por um tempinho – pelo menos uns dias -, e tentar trabalhar e conseguir retornar para o favor de Deus, antes de voltarmos para Ele… Porque nós pensamos, na verdade, “Se eu voltar, todas as vezes que eu fizer isso, imediatamente, não somente voltar mas também pedir perdão, mas esperando ser perdoado, não seria hipocrisia? Não seria ter uma visão medíocre de Deus? Não seria tratar Deus como uma máquina de perdão?” Não, isso é ser bíblico!
É isso que pobreza de espírito deve fazer em nós. Porém, eu espero não estar pregando isso para frequentadores de igreja não convertidos, que vão dizer: “Uau! Se Deus é tão bom assim, eu vou pecar o tempo todo, e simplesmente ficar voltando a Ele e pedindo perdão.” Eu realmente espero não estar falando a pessoas assim. Eu espero estar pregando a cristãos verdadeiros, que realmente querem ser algo que ainda não são; Mas que quando se encontram frágeis, quando se encontram fracos, quando se encontram comentendo o mesmo pecado novamente, eles meio que se fecham ali e esperam. Talvez eles leiam a Bíblia por alguns dias, oram um pouco mais, mostram a Deus que eles estão sendo sinceros nisso, antes de ir até Ele, e realmente pedir por perdão. Não!
Uma das minhas maiores alegrias na minha vida foi quando eu descobri que o momento em que eu cometo o pecado que eu sempre peco, minha primeira resposta deve ser me apegar em Jesus Cristo. Não mendigando, não pensando “Aqui estou eu, você pode me destruir.” Não! Eu me apego em Cristo, dizendo: “Eu creio nas Tuas promessas! Eu estou em um domínio diferente. Eu sou livre. Eu sou um santo; eu foi retirado de Adão e da condenação e da lei.
Tudo isso foi pago, porque naquele madeiro, quando Ele morreu, Ele sabia de tudo isso! Ele perdoou tudo! Eu estou livre.” Isso é realmente maravilhoso.
Por Paul Washer 

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