Pular para o conteúdo principal

LIBERDADE DE EXPRESSÃO EM XEQUE


Observo com muita apreensão uma escalada contra a liberdade de expressão no Brasil. A colocação de Gad Saad foi assertiva ao afirmar: “Nunca ceda um centímetro para aqueles que desejam silenciá-lo. Hoje é um centímetro, amanhã será um metro". Discordância, debates de ideia, sempre existiram em qualquer seguimento da sociedade, entretanto, não temos o direito de impor nosso ponto de vista aos que discordam de nós e, muito menos, calar e incriminar os que pensam diferente. Isso tem um nome: ditadura. Podemos discordar do que é dito, mas é nossa obrigação de defender até a morte o direito, de quem quer que seja, em dizê-lo.


Quando Adolf Hitler tornou-se chanceler da Alemanha, em janeiro de 1933, agiu rapidamente para transformar o país em uma ditadura de um partido único. Uma das suas primeiras ações foi abolir direitos individuais e a liberdade de expressão. Hitler organizou uma força policial, chamadas de AS (Tropas de Assalto ou Secções de Assalto), para garantir que as políticas nazistas fossem devidamente implementadas no País. Essa milícia paramilitar saía às ruas para agredir e executar os que criticavam, discordavam ou protestavam contra o regime. O medo imposto pelas AS, garantia o silêncio dos cidadãos que não apoiavam os nazistas.


No Brasil tem ocorrido algo bem parecido, só que em escala menor e de forma sutil. Em vez de Hitler com sua polícia nazista, cerceando liberdades de indivíduos, nossa suprema corte, se valendo de suas prerrogativas, de forma autocrática, vem maculando direitos fundamentais, previstos na constituição de 1988, daqueles que discordam, protestam e criticam seus integrantes. Páginas, canais e contas em rede sociais de críticos ou militantes políticos, na sua maioria com viés de direita e conservador, vem sofrendo censura e retaliação. É assustador ver os principais meios de comunicação noticiando de forma natural a prisão de um jornalista, um deputado federal e, recentemente, o líder de um partido político, sem a devida observância do princípio do processo legal.


Há duas injustiças que o SENHOR abomina: que o inocente seja condenado e que o culpado seja colocado em plena liberdade como justo (Pv 17:15). Quando um dos poderes fere a constituição, procedendo de forma inconstitucional, provoca uma fragilidade no Estado Democrático de Direito e causa instabilidade na sociedade. A paz e a ordem ficam vulneráveis. Oremos pelo Brasil, oremos por nossos representantes e os que “exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade” (1Tm 2: 1-2).


Autoria: Rafael Willison

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FACTS: Os Cinco Pontos do Arminianismo

Freed by Grace (to bilieve) Atonement for All Conditional Election Total Depravity Security in Christ Depravação Total “Depravação Total, por sua definição, significa que as pessoas não querem ter nada a ver com Deus; e, na verdade, quando escolhem entre Deus e seus desejos egoístas, elas sempre escolhem contra Deus”. (OSBORNE, Grant R. Romans. [The IVP New Testament Commentary Séries}. Downers Grove, InterVarsity Press, 2004, p.87) O homem foi criado à imagem de Deus, bom e justo, mas caiu de seu estado original sem pecado por meio da desobediência deliberada, tornando a humanidade pecadora, separada de Deus e sob a sentença da condenação divina. “Depravação Total” não significa que os seres humanos são tão maus quantos poderiam ser, mas quer dizer que o pecado afetou cada parte do ser de uma pessoa e que as pessoas agora têm uma natureza pecaminosa com a inclinação natural para o pecado, sendo cada ser humano fundamentalmente corrup...

Quando o Narcisismo Invade a Igreja: Construindo uma Cultura de Bondade que Resiste a Abusos de Poder

O narcisismo no ambiente eclesiástico representa um desafio significativo para comunidades religiosas contemporâneas. As igrejas, originalmente concebidas como espaços de cura, crescimento espiritual e comunhão, podem inadvertidamente transformar-se em ambientes propícios para comportamentos narcisistas e abusos de poder. Esta investigação examina como o narcisismo se manifesta nas igrejas e, mais importante, como o desenvolvimento de uma cultura de bondade (tov) pode funcionar como antídoto contra abusos de poder, promovendo cura e restauração para indivíduos e comunidades afetadas. A Manifestação do Narcisismo no Ambiente Eclesiástico O narcisismo, caracterizado por uma percepção exagerada da própria importância, necessidade excessiva de atenção e admiração, relacionamentos conturbados e falta de empatia pelos outros, encontra terreno fértil em ambientes eclesiásticos. Pessoas com transtorno de personalidade narcisista frequentemente demonstram uma autoestima frágil por trás de u...

Pragmatismo não é mais eficaz que o Poder do Espirito Santo

SIGA-NOS NAS REDES SOCIAIS SIGA-NOS NO INSTAGRAM: https://www.instagram.com/chamadoaoevangelho INSCREVA-SE em nosso canal e ative o sininho: https://www.youtube.com/ChamadoAoEvangelho COMPARTILHE: Facebook: https://www.facebook.com/ChamadoAoEvangelho