Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mateus 24:10-12
Quando Jesus andou entre os homens, foi conhecido por Suas obras, sinais e também por Suas profecias. Algumas delas anunciavam acerca de Seu retorno à Terra e do fim de todas as coisas. Um dos sinais mais horrorosos de Sua volta, dentre tantos, seria o esfriamento do amor. O homem deixaria, pouco a pouco, de ser uma criatura afetiva, amorosa, compassiva bondosa e tolerante. Definitivamente essa tem sido uma das maiores marcas do nosso tempo, da sociedade pós-moderna: a frieza e a indiferença.
Não obstante, quando olho para a Igreja, tenho visto o mesmo sinal ocorrendo entre o povo de Deus. Como estamos frios com nossos semelhantes: sem amor, sem paciência, um egoísmo generalizado tem dominado o coração dos crentes. Não há mais fidelidade entre os irmãos, eles estão traindo-se uns aos outros, sendo desleais. Um ódio de irmão contra irmão tem se tornado rotina nas relações cristãs.
A igreja de Cristo está sendo marcada, por intrigas, jogos, disputas e vinganças. Não existe compaixão pelo deslize dos irmãos, não há misericórdia de uns para com os outros. Deus dos céus! O amor, de fato, tem se esfriado; uma inafetividade horrorosa domina esse século!
O que acontece com nosso testemunho na sociedade como cristãos? E os ímpios? Pobres ímpios! Parece que olhamos para eles com ódio, desejando que se esfolem, desejando que a ira de Deus desça logo sobre eles como fogo, sem uma gota de misericórdia! Nós temos sido conhecidos por nossa intolerância, por nossos julgamentos severos, contra qualquer um que contrarie nossa: “cosmovisão cristã.” Nos tornamos um povo muito crítico, somos como juízes iracundos que andam com um martelo na mão, prontos a sentenciar qualquer um que não anda segundo “nossas leis”!
Meu querido irmão, não foi isso que nosso Senhor nos ensinou. Nossa grande marca deverá ser sempre o amor! Não vamos acrescentar mais sofrimento às pessoas do que elas já possuem, nem acrescentar mais dor às suas feridas, elas já estão em “desgraça”, por que, então, condena-las mais do que já estão? Mesmo ao anunciar o juízo de Deus, pela pregação do Evangelho, não deveríamos fazer com amor?!
A igreja de Deus deve apontar para o seu Deus, deve refletir Seus atributos. Por acaso Deus possui um só atributo, a justiça? Deus também não é amor, bondade e misericórdia?
Sendo assim, não deveríamos ser conhecidos como: “o povo do amor”, “o povo da misericórdia”, “o povo da bondade”, “o povo da graça”, “o povo da compaixão” e “o povo do perdão”?
Não deixemos mais que tais sentimentos e atitudes nos dominem; que as escamas caiam dos nossos olhos e vejamos a cegueira em que estávamos, vivendo um Cristianismo odioso e egoísta.
Busquemos, agora, o Senhor para confessar, com lágrimas, esse horroroso pecado, que tão tenazmente nos acedia e muitas vezes nos domina. Choremos aos Seus pés, pedindo que Seu amor novamente seja derramado em nossos corações: amor pelos nossos irmãos em Cristo que estão ao nosso lado e espalhados por toda face da Terra; amor pelas pobres almas dos pecadores, perdidos, destruídos, oprimidos, em completa ruína, cheios de solidão, vazio, e desesperança!
Sejamos o maior canal de Deus para essa Terra perdida, canal esse que leve aos homens o Seu maior atributo: o Amor!
No amor de Cristo,
Paulo Junior
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